Há um ano

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Aspecto da celebração eucarística na Basílica de São Pedro

Quem são esses jovens, revestidos desse traje desconhecido, mas inegavelmente muito belo, e dos quais nunca ouvimos falar?! – Essa é uma pergunta que, nas últimas semanas de fevereiro de 2001, os romanos faziam entre surpresos, maravilhados e curiosos.

Não é pouca coisa. Afinal de contas, Roma já viu de tudo. Em quase três milênios de história, por suas ruas kA passaram cortejos de monarcas do Oriente e do Ocidente, cruzados escandinavos e ibéricos, marajás e príncipes da Etiópia, peregrinos das mais diversas línguas e culturas, frades de fisionomia angélica vestidos com o burel franciscano, monges e freiras trajando hábitos solenes ou humildes, nas mais variadas formas e cores.

Apesar disso, os inteligentes e perspicazes cidadãos de Roma não esconderam seu encanto quando viram sua cidade “repleta” de Arautos do Evangelho (eram mais de mil), caminhando pelas ruas, visitando igrejas, indo a restaurantes subindo em ônibus e entrando nas estações de metrô, revestidos com um hábito totalmente novo. Aqueles jovens estavam ali para comemorar um passo decisivo na história de sua entidade: a aprovação de seus estatutos pelo Pontifício Conselho para os Leigos, com o que se estabelecia um vínculo formal e legal com o Santo Padre, vindo-se somar ao entusiasmo que, já nutriam pelo representante de Jesus Cristo neste mundo.

Segundo vários especialistas na matéria, a espera pela aprovação não fora longa, Para os padrões normalmente seguidos pelo Vaticano, o processo havia corrido de modo um tanto rápido (cerca de um ano!), uma razão a mais de júbilo para os Arautos do Evangelho. Resolveram eles que tal alegria devia ser comemorada segundo seu carisma, com solenidade e pulchrum. Daí uma série de celebrações na Cidade Eterna, antes e após a ansiada audiência com o Papa João Paulo II.

Assim, tiveram o privilégio de promover uma Missa na própria  Basílica de São Pedro. Presidiu-a o Cardeal Jorge María Mejía, Arquivista e Bibliotecário da Santa Igreja Romana. Em sua substanciosa homilia, quis ele chamar a atenção daqueles jovens ali presentes para a união especial que ficava estabelecida entre os Arautos do Evangelho e o Pontífice Romano:

“Esta ocasião adquire com a Cátedra de Pedro, com o centro da Igreja Católica, uma relação especial”. E referindo-se ao Ordo de Costumes que regula a vida diária dos Arautos do Evangelho, dizia: “Isto recebe agora, a partir daqui, uma benção especial, é incluído no grande número de instituições de religiosos, de religiosas, mas também de associações leigas que o            Papa, por seus órgãos especiais – neste caso o Conselho para os Leigos – aprova e envia…”

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Em sua homilia o Cardeal Mejía dirigiu rutilante palavras aos Arautos

E após sublinhar que a nova obra fora considerada “oportuna, importante e atual”, o purpurado concluía que os Arautos do Evangelho se tornavam “o braço do Papa”.

O sonho estava realizado. Seu ápice ocorreria no dia seguinte, 28 de fevereiro, quando os Arautos do Evangelho receberam uma calorosa acolhida do Pai de todos os cristãos, momentos que ficaram gravados para sempre em nossos corações.

(Revista Arautos do Evangelho, Fevereiro/2002, n. 2, p. 10-11)

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